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Fev 13, 2019

Mazars avalia entidades europeias de seguros

Mazars avalia entidades europeias de seguros

Na sequência da entrada em vigor da diretiva Solvency II, que visa codificar e harmonizar o regulamento de seguros da União Europeia, foi tornada pública informação que apenas estava disponível ao regulador. A Mazars faz destes dados a base para uma avaliação da condição financeira de seguradoras a nível europeu.

Mazars avalia entidades europeias de seguros

Lisboa, 13 de fevereiro de 2019 – Pelo segundo ano consecutivo, a Mazars realizou um levantamento dos relatórios de solvência e condição financeira das 15 entidades sujeitas à diretiva Solvency II, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2016 e que alterou o quadro regulamentar das empresas de seguros a nível europeu.

A implementação da diretiva trouxe para a esfera pública uma infinidade de informações, anteriormente divulgadas apenas ao regulador, sobre as circunstâncias financeiras e a solvência das entidades no mercado segurador na União Europeia.

Esta diretiva introduz novos requisitos para o cálculo do rácio de solvência e com base numa avaliação do valor económico de fundos próprios e das necessidades de capital da Companhia, juntamente com requisitos de governance e gestão de risco. Estes novos requisitos quantitativos e qualitativos são acompanhados por regras reforçadas para o desenvolvimento de relatórios trimestrais e anuais destinados tanto ao regulador como ao público em geral.

A fim de proporcionar maior transparência ao mercado, a diretiva exige a divulgação pública anual de um relatório de solvência e situação financeira (“RSSF”) que deve abranger dados de atividade, o seu sistema de governance, a sua exposição ao risco e informações sobre métodos de avaliação e gestão de capital, o qual é sujeito a revisão por parte do Revisor Oficial de Contas.

Para Luís Gaspar, Managing Partner da Mazars, “a avaliação desenvolvida fornece-nos uma visão abrangente da realidade do setor Segurador ao nível comunitário, possibilitando-nos retirar algumas conclusões relativamente ao estado e atividade destas Companhias. A primeira constatação a emergir do estudo comparativo desenvolvido é que todas as Companhias cobrem a sua margem de solvência e disponibilizam informações padronizadas refletindo os requisitos de regulamentação exigidos. Apesar disso, as informações fornecidas sobre a volatilidade do rácio de solvência, a gestão de capital e os detalhes dos modelos internos merecem atenção redobrada, a par de uma divulgação relativa ao impacto das medidas transitórias e à capacidade de absorção de perdas dos impostos diferidos”.

Na amostra analisada, as taxas de cobertura do rácio “SCR” situam-se entre 133% e 372%. Em média, o rácio de solvência aumentou 11 pontos percentuais entre 2016 e 2017. Este aumento é explicado sobretudo pela mudança no ambiente económico neste período, marcada por uma taxa de juro (sem risco) mais elevada dentro da União Europeia.

A tendência global é para o aumento do rácio de solvência, correspondendo a variação máxima observada a um aumento de 44 pontos percentuais entre 2016 e 2017. O grupo em questão – a Aegon – apontou as principais razões para essa mudança: condições econômicas mais favoráveis; alterações ao modelo interno, em especial ao tratamento do risco de spread e a redução do risco de default após a transferência de um dos seus portfolios. O impacto quantitativo dessas mudanças não foi divulgado.

Em contraste, o desenvolvimento mais desfavorável observado representa uma queda de 19 pontos percentuais no índice de cobertura da empresa avaliada. O RSSF do grupo em causa liga a evolução verificada à redução dos fundos próprios elegíveis entre 2016 e 2017 subsequente ao pagamento de dividendos e ao resgate de capital durante o ano de 2017, de acordo com a política de gestão de capital desenvolvida.

O estudo comparativo realizado aos dados obtidos em 2016 e 2017 teve como base uma análise de elementos como o nível de detalhe disponibilizado sobre os indicadores de solvência, as metodologias aplicadas para medir ativos, provisões técnicas e fundos próprios, informações fornecidas e informação expandida em comparação com o primeiro RSSF, entre outros. Quando tal se verificou apropriado, estes dados foram complementados pela Mazars com as informações disponíveis nos Modelos de Relatórios Quantitativos (QRTs) públicos que são geralmente disponibilizados em anexo ao RSSF.

A avaliação desenvolvida integrou as 15 Companhias sujeitas à diretiva Solvency II a nível europeu: Axa, BNP Paribas Cardiff, CNP Assurances, Covea, Credit Agricole Assurance, Groupama, Natixis Assurance e Scor (França), Aviva (UK), Ageas (Bélgica), Aegon (Holanda), Allianz e Munich Re (Alemanha), Generali (Itália) e Mapfre (Espanha).

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