Na manhã de segunda-feira, 28 de abril de 2025, a Península Ibérica sofreu um súbito blackout energético.

As causas ainda estão por esclarecer, mas durante várias horas, o blackout interrompeu serviços essenciais, paralisou redes de comunicação e expôs a vulnerabilidade de empresas, governos e cidadãos.

Este episódio é um exemplo paradigmático do que Nassim Taleb descreveu como um “cisne negro”: um acontecimento raro, imprevisível e com impacto profundo. A comunicação em modo “Black Swan” exige preparação para o impensável. Não se trata apenas de ter planos de contingência, mas de cultivar uma cultura organizacional resiliente, capaz de reagir com agilidade, coerência e clareza perante o caos.

O blackout mostrou que, perante o inesperado, a comunicação é a primeira linha de resposta — e também a primeira a falhar, se não estiver preparada. Aliás, a diferente forma de comunicar dos governos de Portugal e Espanha tem divido opiniões.

Empresas que tinham planos de continuidade de negócio bem definidos, sistemas de backup e líderes treinados em comunicação de crise conseguiram mitigar o impacto. Outras, apanhadas de surpresa, viram-se mergulhadas em silêncio, incapazes de informar e agir em conformidade.

A confiança, nestes momentos, constrói-se ou desmorona-se em muito pouco tempo. A confiança solidifica, ou dilui, a Reputação de uma organização. E é a consultoria estratégica de Comunicação de Marketing que ajuda a colocar a Reputação ao serviço das empresas e organizações e a transformar a incerteza numa vantagem competitiva.

O que este evento nos ensina é claro: preparar-se para o imprevisível deixou de ser um luxo para passar a ser uma responsabilidade estratégica. A gestão de crises eficaz começa muito antes da crise propriamente dita — com cenários simulados, lideranças treinadas, equipas informadas e canais de comunicação resilientes. Porque o verdadeiro teste da comunicação organizacional não acontece nos dias calmos, mas sim quando tudo à volta colapsa — e a única coisa que resta é a capacidade de dizer a coisa certa, no momento certo.

Se não está preparado para os “Black Swan”, não saiba como começar ou tenha dúvidas no processo, pode sempre contar comigo.