A relação das marcas com o seu público evolui diariamente. Neste sentido, o storytelling foi desenvolvido no âmbito de potenciar esta relação e aproximar os públicos das marcas, através de um formato original e mais próximo deste destinatário. Com um começo, meio e fim, estas histórias fazem com que os públicos se revejam neste conteúdos pela vivacidade, ternura, coragem ou realismo que transmitem, transformando a identidade da marca numa imagem humanizada e reconhecível.
O fator “real” é um detalhe fundamental para o sucesso desta estratégia de marketing. De forma a explorar a vivência do público ao máximo, esta forma inovadora de comunicar passa por construir histórias com uma nova abordagem, partilhando as experiências reais das pessoas com as quais entra em contacto. Para possibilitar esta identificação com as marcas e esta aproximação à realidade, o processo do storymaking assenta em seis pilares: participação, inspiração pelo público, descentralização, imprevisibilidade, reciprocidade, e, por fim, autenticidade.
A participação é um aspeto fulcral na criação da história, com a partilha e divulgação em redes sociais a constituírem a melhor publicidade para a marca e os seus produtos. A inspiração para a história deve nascer com o público, que deve ser capaz de acrescentar algo pessoal a esta narrativa e sentir-se considerado no percurso e mensagem da marca.
As marcas não podem esperar que sejam o único ponto em comum com os seus seguidores e para levar mais longe o sentimento de identificação têm de descentralizar a sua atuação, integrando a vivência de cada público e mostrando que o procura e não o contrário. A imprevisibilidade é um sentimento de interesse acrescido para os públicos e que os transforma em seguidores, através de uma forma de comunicar capaz de misturar diversas vivências e as influências recebidas a cada passo do processo de comunicação.
Se as marcas querem ser seguidas têm de ouvir o que os seus públicos têm para dizer e funcionar numa relação recíproca capaz de satisfazer as necessidades de ambos. A autenticidade das histórias é a grande revolução criada pelo storymaking. Não existem só histórias de vida com finais felizes, e torna-se por isso importante que se saiba lidar com histórias positivas e negativas. O mundo torna-se mais rico com a existência de ambas as perspetivas, do que com apenas uma.