Nesta quinta feira, 27 junho, a 1ª Convenção Portugal Agora – Visão, Estratégia e Ação, fez um balanço e uma apresentação relativamente ao projeto em si, e ao desempenho atual e futuro, do nosso país em diferentes áreas.
Abertura:
Carlos Sezões e Luís Salvado abriram o evento com uma breve introdução e contextualização do projeto, Portugal Agora, e dos tópicos que iriam ser abordados.
Portugal continua atrativo?
Dentro do primeiro Painel, “Portugal continua atrativo?”, Diogo Agostinho moderou a conversa entre José Botelho, António Ramalho e Cristina Siza Vieira.
O tema foi discutido e argumentado pelos três oradores, cada um com a sua visão do atual território português, e cada um com a sua visão face á sua área profissional.
Chegou-se ao consenso, que financeiramente Portugal não é dos Países mais atrativos, ainda assim, possui-se no território português condições únicas para desenvolver áreas como por exemplo o Turismo. Este em grande parte, é utilizado de forma pragmática para a intervenção e tentativa de reconhecimento nacional, assim como na produção de valor e parcerias internacionais
Portugal gera aprendizagens e talento?
Dentro do segundo Painel, “Portugal gera aprendizagens e talento?”, Ana Leonor Martins moderou a conversa entre Paula Branco e João Duque.
Neste tema, inicialmente abordou-se o facto, de atualmente haver uma grande quantidade de jovens, a preferir e procurar, cursos profissionais.
Este acontecimento também se deve ao facto do curso profissional fornecer a abertura para o mercado de trabalho, e no final do secundário, o aluno devidamente capacitado, possa escolher entre o mercado laboral ou a continuação de estudos.
João Duque afirma, que atualmente Portugal, conta com mais motivação corporativa das diversas entidades, que fazem questão de ajudar a modernizar, e a evoluir o sistema educativo em Portugal. As escolas cada vez mais, requerem à indução de novas tecnologias, estão cada vez mais atualizadas e cientes das novas ferramentas de trabalho, como o caso da inteligência artificial.
Paula Branco, encerrou o painel com uma afirmação; “Só se se evolui qualquer coisa quando existe vontade para tal”.
Portugal produz inovação?
Dentro do terceiro Painel, “Portugal produz inovação?”, Leonor Pipa moderou a conversa entre António Lucena Faria, Hugo de Sousa e Raquel Caldeira.
A inteligência artificial foi muito comentada neste painel, devido ao facto de ser uma das inovações mais impactantes das últimas décadas.
É certo que a inovação tem de ser feita de uma forma interna dentro ou fora do ramo empresarial, na convecção de ideias para a produção de negócios, e notoriamente será possível observar a ajuda imprescindível que a inteligência artificial nos dará daqui para diante. O que vai fazer toda a diferença, é saber fazer as perguntas, na obtenção de resultados em inteligência artificial.
Hugo de Santos afirmou que há instrumentos de procura indecisa, que ajudam no processo de desenvolvimento de inovação.
De seguida deu um exemplo: O Vasco da gama foi um empreendedor excecional, sem certezas concretas, arriscou tudo para desvendar outro continente, e utilizou instrumentos de navegação na sua “procura indecisa”, que o ajudaram a ter um rumo e a descobrir terra. No caso empresarial, o conceito é recriar esse mesmo instrumento, de modo a solucionar a necessidade de inovação num determinado assunto.
Para um Portugal mais Inovador, em 2030, os líderes superiores e intermédios, devem pensar no futuro, apostar na cultura, sensibilização e formação.
Portugal está resiliente à incerteza global?
Dentro do quarto Painel, “Portugal está resiliente à incerteza global?”, Joana Petiz moderou a conversa entre Bruno Horta Soares e António Nabo Martins.
Neste painel começou-se por esclarecer, que a antecipação e resiliência, são fundamentais para a preparação, que por sua vez é condicionada pela perceção, que pode ser facilitada, de acordo com o contexto.
Bruno Soares afirma que temos duas opções; “Ou mudamos a realidade ou mudamos a teoria”, este especto foi bastante falado neste painel, e de uma forma generalizada, defendeu-se que nós, (nós – empresarial/ empreendedor/ futurista, etc), temos a constante necessidade de ou viver uma realidade ou viver uma teoria, e essa atitude tem de ser mudada.
Bruno Soares alertou também um caso de receio quanto á transferência de burocracia em papel para burocracia digital.
O que acontece na generalidade dos casos, é que existe uma grande tendência para se querer pagar pouco e a curto prazo, e com certeza isso não demonstra grande controlo quanto á resiliência.
Devemos apostar em políticas públicas de habitação ou saúde, em vez de apostar em políticas de habitação ou saúde públicas. Sugeriu-se o uso de cloud e consolidação de infraestruturas para modernização do estado, com transversalidade e conformidade entre as diferentes entidades.
Conclusão Portugal Agora:
Carlos Sezões foi quem apresentou a conclusão do projeto, ou seja, identificou vários tópicos que são cruciais para a um Portugal mais evoluído e eficiente em 2023.
Como?
Com consensos nacionais, que envolvam o Estado, Universidades, Empresas, Associações Empresariais, Fundações, Autarquias e outros.
Qual a estratégia?
Utilizando cadeias logísticas, sustentabilidade ambiental, ciber segurança, saúde e bem estar e agilidade institucional, o objetivo para um Portugal Resiliente será;
- Implementação e processos exemplares de gestão do território e sustentabilidade ambiental;
- Promoção de cadeias logísticas que mitiguem riscos globais;
- Estado ágil e resiliência institucional e digital para assegurar níveis de segurança mínimos.
Utilizando a promoção social, incentivos legais e fiscais, escala e sustentabilidade, financiamento e a educação e formação faremos com que Portugal se torne mais Empreendedor;
- Fomento generalizado de competências de pensamento crítico, empreendedorismo, criatividade e inovação;
- Construção de um contexto legal e fiscal atrativo, que atraia capital e potencie start-ups e scaleups;
- Economia virada para o mundo;
- Ao potencializar a educação, investigação científica, inovação aplicada à economia, formação académica e a formação ao longo da vida contribuímos para um Portugal com mais conhecimento;
- Sistemas orientados para as aprendizagens e competências;
- Com centros de investigação e inovações de referência global ( essencialmente em tecnologias de elevado valor acrescentado);
E para tornar Portugal mais atrativo nada melhor que arriscar no turismo e eventos, atração profissional, atração académica, atração residencial e investimento.
- Aberto, acolhedor, cosmopolita, exemplo na integração de migrantes;
- Orientado para atrair talento;
- Foco num turismo premium e sustentável;
- Universidades viradas para o mundo.
Qual a visão?
Tornar Portugal o melhor país para viver e trabalhar da Europa!