Fake news, desinformação – palavras que infelizmente se tornaram parte da nossa vida quotidiana.
Face ao bombardeamento inescapável da informação, e à crescente agitação social, as empresas devem combater a desinformação.
No mundo de hoje, cada vez menos coisas se mantêm constantes para além do imparável fluxo de informação. O que torna isto ainda mais problemático são as linhas de demarcação entre publicidade, entretenimento e informação. Com a ascensão de géneros como “Infotainment”, os consumidores estão numa luta constante para destilar a verdade.
Notícias e Publicidade adulteradas
O marketing e a publicidade digital tornaram-se tão sofisticados, que algumas formas dos mesmos são quase irreconhecíveis como campanhas promocionais. As marcas preocupam-se mais com a forma como ajudam os clientes ao longo da sua viagem de vida do que com os produtos exatos. Estes processos tornaram mais difícil a distinção entre conteúdos. As fontes estão a ficar cada vez mais obscuras.
Infelizmente, com esta transformação veio também uma maior sensação de desconfiança. Estamos numa era em que não se pode ter a certeza se o conteúdo que consumimos é credível, autêntico, e não tem quaisquer outros motivos. No caso das fake news, este problema é ampliado e conduz a uma grave agitação, ou pior ainda, a uma tragédia.
A desconfiança é má para os Negócios em tempos de desinformação
No mundo académico, a literacia na Internet está na vanguarda da educação contemporânea. Chegou a altura de as empresas seguirem o exemplo. Porque, se os clientes se tornarem tão cínicos que deixem de acreditar em qualquer coisa, então o valor real deixará de ser importante.
As empresas têm de combater a desinformação. Porque, mesmo que sejam a escolha mais benéfica no mercado, as pessoas apenas as verão como mais uma promessa vazia. As pessoas irão perceber as catástrofes eminentes como embustes, conduzindo a crises devastadoras. Por isso, é tempo de agir de acordo com esses objetivos de Responsabilidade Social Empresarial e de fazer um esforço para educar o público.
As empresas podem reagir a estas mudanças muito mais rapidamente do que as agências governamentais, e se não prestarem atenção agora, podem muito bem perder muitos dos seus clientes para campanhas de desinformação.
Honestidade, Transparência e Comunidade
Felizmente, as comunidades estão desejosas de se juntar à conversa, de partilhar a sua opinião sobre o tema. Em muitos casos, estão preparadas para participar nos esforços, se houver oportunidade e se a campanha for realmente valiosa. As empresas precisam de capitalizar esta tendência a fim de gerar confiança, não apenas na sua marca, mas na sociedade como um todo.
As organizações devem demonstrar honestidade, transparência e clareza significativas sobre como operam, quais são os seus objetivos. Desta forma, os consumidores podem familiarizar-se com a corporação, e experimentar uma ligação significativa com a mesma, não sendo apenas um sinal de virtude vazio.