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Jan 3, 2024

Motoristas da AVT confirmam deficiências e irregularidades

Les chauffeurs de l'AVT confirment les déficiences et les irrégularités du service de transport "Move Alto Tâmega e Barroso".

 

Profunda preocupação com concessão transporte público rodoviário de passageiros na Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) mobiliza motoristas da Auto Viação do Tâmega (AVT) para avaliarem todas as linhas dos concelhos de Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Boticas, Ribeira de Pena e Valpaços. Receio de incumprimento do contrato de concessão, com base na recente experiência em Montalegre é a motivação dos trabalhadores que servem estas populações há 80 anos.

 

Chaves, 03 de janeiro – Ao segundo dia da operação do transporte público regular de passageiros na Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT), e dia de arranque da época escolar, constataram-se diversas irregularidades e incumprimentos no contrato de concessão pela nova operadora.

Com a má experiência do arranque da operação em Montalegre e, em antecipação a uma repetição desta situação em Chaves, os trabalhadores da AVT mobilizaram-se, em prol dos flavienses, para acompanhar o serviço.  A mobilização permitiu verificar, com a sua experiência e conhecimento, diversas falhas e falhas e incumprimentos no serviço estipulado no contrato de concessão adjudicado à empresa Flaviamobil, Lda em todas as linhas dos concelhos de Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Boticas, Ribeira de Pena e Valpaços.

Carreiras que não existiram, deixando pessoas sem possibilidade de deslocação; autocarros avariados; sistemas de bilhética sem funcionar ou mesmo sem existir; incumprimento ou mesmo ausência de horários; novo “terminal” rodoviário de Chaves sem qualquer infraestrutura; jovens à espera sem saber qual, e quando haveria autocarro para os levar às escolas. Jovens que iriam deslocar-se sem passe, uma vez que não o conseguiram comprar dada a falta de informação sobre a mudança de local de aquisição.

Para além disso verificaram-se diversas ilegalidades na própria operação com os autocarros. A informação sobre o destino e a linha operada estava ausente; em situações que essa informação existia, estava errada; painel de informação com o nome da empresa dona da operadora e não da operadora; relatos de passageiros que fizeram as viagens sem pagar ou sem chegar ao destino final. A confusão dominou e a consternação imperou: “Se acham que isto é um serviço do século XXI, ponham os olhos nisto”, desabafou António Gonçalves Carvalho porta-voz dos motoristas nesta ação, a trabalhar na AVT há 26 anos e representante do SNMOT (Sindicato Nacional de Motorista e Outros Trabalhadores).

Na véspera, terça-feira, data do arranque da operação em Chaves, os trabalhadores da AVT, operador do serviço de transporte público de passageiros nos últimos 80 anos, já tinham recolhido evidências do incumprimento do contrato de concessão pela nova operadora.  Estes trabalhadores, nomeadamente motoristas e vigilantes, operaram durante anos as rotas e as linhas do serviço agora concessionado a outra operadora, e o seu histórico coloca-os em melhor posição que ninguém para aferir a operação por parte da nova concessionária. Esta mobilização reflete a justificada preocupação da AVT com o serviço a prestar pela nova concessionária e que tem sido repetidamente partilhada com a comunidade e entidades responsáveis.

“A nossa prioridade número um sempre foi a população que servimos. A nossa dedicação à comunidade é inabalável e continuaremos a trabalhar incansavelmente para que tenha os serviços que ajudem ao seu bem-estar, prosperidade e desenvolvimento”, afirma Miguel Nogueira, gerente da AVT.  “A mobilização dos nossos trabalhadores em defesa dos habitantes da região é mais uma prova do nosso compromisso com a confiança que nos foi depositada ao longo das últimas décadas e que queremos manter” acrescenta.

Desde o início do processo de concessão que a AVT é crítica e cética sobre o concurso público internacional e ao longo dos últimos meses tem estado atenta e atenta e vigilante, acompanhando de perto os desenvolvimentos para fazer ouvir as suas preocupações junto das entidades competentes.

“Com o rigor, seriedade e transparência com que ao longo de quase oito décadas prestou os seus serviços e pautou a sua atuação para melhor servir a sua comunidade, a AVT procura salvaguardar o interesse público”, afirma Miguel Nogueira, gerente da AVT. Nesta base e nos locais “e sedes próprios, temo-nos posicionado e argumentado sobre o deficiente concurso público internacional para a concessão e exploração do serviço público de transporte de passageiros na região lançado pela CIMAT em 2021”, acrescenta.

 

Sobre a Auto Viação do Tâmega (AVT)

A Auto Viação do Tâmega (AVT) é uma entidade por quotas, constituída por cinco sócios, que tem a exclusividade em cerca 70 concessões oficiais para a atividade de transporte público rodoviário de passageiros nos concelhos de Chaves, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar, Valpaços, Vinhais, Boticas, Montalegre, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Ribeira de Pena e Mirandela. A AVT opera ainda serviços de Expressos diários para Braga, Porto, Coimbra e Lisboa e serviços de transportes internacionais – em parceria – para Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo. Os serviços de Aluguer ocasional têm vindo a cada ano a ter uma expressão cada vez maior ao nível da atividade da empresa, que conta com perto de 150 colaboradores e uma frota de mais de 140 viaturas. Mais informação em https://avtamega.com.

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