Nos últimos anos ouve-se falar que a tecnologia irá sobrepor-se ao ser humano e, com isso, muitas pessoas irão perder o emprego ao serem substituídas por “robôs”.
Isto não podia estar mais longe da realidade e do futuro da indústria RP
“O crescimento da tecnologia vai continuar, e a indústria das Relações Públicas e os seus profissionais devem criar a sua própria abordagem e estratégias únicas para se manterem na vanguarda.”
Não é novidade o facto de a Inteligência Artificial (IA) ter impacto a forma como se comunica, uma evidência plasmada no dia a dia da indústria de Relações Públicas (RP). Contudo, esta mudança não implica desvantagem nem é necessariamente prejudicial. Na verdade, a previsão relativamente à influência da IA na indústria RP é bastante positiva, para organizações, marcas, clientes e públicos.
Um estudo recente da Deloitte determina que um em cada três portugueses (28%) utiliza com regularidade, ou seja, pelo menos uma vez por semana, ferramentas de Inteligência Artificial e que 60% afirma conhecer pelo menos uma ferramenta de IA.
A análise revela que quase 40% usou estas ferramentas por motivos profissionais e entre os profissionais que já usaram esta tecnologia, 28% acredita que o seu empregador concordaria com sua utilização.
E dois em cada cinco (40%) utilizadores estão dispostos a pagar por uma ferramenta de IA para darem respostas mais rápidas e estar mais disponíveis para tarefas que exijam mão humana.
E é a maior disponibilidade que permite para o que é humano – criatividade, associação de temas, ligação de pessoas e acontecimentos – que é a grande valência desta tecnologia.
A IA foi criada com o propósito de auxiliar o ser humano, quer a nível pessoal, quer a nível profissional, e é neste último aspeto que se tem desenvolvido com maior critério.
O futuro da indústria RP
No que toca às RP, a IA é capaz de ajudar as pessoas a desenvolver tarefas num tempo mais curto e com maior eficácia. Assim, este tipo de tecnologia permite aos profissionais uma maior disponibilidade para desenvolver novas capacidades, ou cimentar as existentes como, por exemplo, pensamento crítico, adaptabilidade, edição e capacidade de contar histórias.
As ferramentas de IA para RP estão a tornar-se cada vez mais importantes devido às suas aplicações práticas. Contudo, é importante salientar que essas novas ferramentas são, na verdade, assistentes virtuais do ser humano.
Como qualquer novo assistente, a IA é propensa a erros e imprecisões que os profissionais de RP há muito ultrapassaram. A IA tem a capacidade de imitar a inteligência humana e criar conteúdo mais rapidamente do que antes, mas é a nossa experiência como humanos que nos dá o poder de julgar o seu desempenho.
Estes erros, equívocos ou imprecisões são fáceis de detetar, pois basta verificar duas vezes os factos e os números para garantir a sua exatidão. É um passo extra, mas que, a longo prazo, permite poupar tempo útil.
Apesar de algumas dificuldades que possam eventualmente surgir, a utilização da IA nas RP deverá tornar o trabalho mais eficiente, com aumento da produtividade, da eficácia, pesquisa rápida e facilitada, criação de conteúdo automatizado e informações orientadas por dados.
O crescimento da tecnologia vai continuar, e a indústria das Relações Públicas e os seus profissionais devem criar a sua própria abordagem e estratégias únicas para se manterem na vanguarda.
Estas estratégias devem basear-se em dados sólidos, seguindo diretrizes éticas, com rigor na execução e inovação na entrega. Com criatividade humana e auxílio da IA.
Para que os resultados sejam melhores, os custos mais reduzidos, o retorno do investimento maior e a satisfação dos clientes exponenciada.
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by MARTA GONÇALVES
Managing Partner