Erros a evitar nas Relações Públicas

O ambiente da comunicação é complexo e, por isso, há que saber como navegar neste mar sem perder o rumo e cair no risco de deitar tudo por água a baixo. Construir relações com os media é um dos principais objetivos da prática de RP, mas nem sempre é fácil chegar até eles e passar a mensagem certa. Pensar “inside the box”, não ser proativo e aceitar um “talvez” como resposta final são alguns dos erros que, muitas vezes, são cometidos pelos profissionais de relações públicas. A boa notícia é que podem ser evitados.

Pensar “outside the box” é uma expressão que já nos é bastante familiar. E porquê? Porque é transversal a qualquer atividade e as relações públicas não são exceção. Pensar “fora da caixa” em relações públicas é ser criativo ao ponto de oferecer aos jornalistas novos ângulos para pensar um assunto que, à primeira vista, até pode ser banal. Fazer um brainstorming pode ser interessante para a equipa de RP, na medida em que novas ideias são postas em cima da mesa e debatidas, até surgir uma que seja realmente disruptiva e que favoreça o projeto em questão. Contar histórias é recorrente, mas contar boas histórias é uma raridade.

O que também não favorece a prática de relações públicas é pensar que enviar apenas um email com informação é o suficiente. Não é. As relações com os jornalistas constroem-se a todo o momento e aceitar um “não” como resposta faz parte do processo. Apesar de ninguém gostar de ser rejeitado, a função de um profissional de relações públicas é comunicar e, portanto, talvez não seja mal pensado responder sempre aos jornalistas, mesmo que seja para lhes agradecer pela resposta ou para tentar perceber porque é que não têm interesse em acompanhar o tema.

E porque é que nos devemos conformar com um “talvez”? Muitas das respostas dadas pelos jornalistas baseiam-se em “não é um tema que costumo trabalhar” ou “talvez para próxima pegue no tema”. Apesar das mesmas não serem respostas totalmente negativas, é um dever dos profissionais de relações públicas pensarem estrategicamente e perceberem como é que podem levar os jornalistas a interessar-se a abordar a informação.

Compreender quais são os interesses do público-alvo é meio caminho andado para no futuro saber exatamente a quem dirigir a mensagem e garantir que esta é ouvida. E, como bónus, os jornalistas ficam satisfeitos por receberem emails de temas sobre os quais podem trabalhar, criando-se relações proveitosas entre ambas as partes.