Pensar uma estratégia que possa ser efetivamente interiorizada, para além de eficaz, significa possuir uma base fundamentada que possua igualmente caraterísticas que se liguem de modo particular à visão e experiência de quem a irá implementar. Quando esta adequação existe desde o início a familiaridade com as ações a desenvolver é potenciada e a agilização de processos e de resultados encontra-se facilitada.
Para a criação deste ponto de partida surge como contribuição, por vezes mal percecionada, o instinto do responsável ou da equipa de Comunicação. Num mundo dominado pela informação, custa a crer que muitos façam ainda do instinto relativamente ao mercado, ao público e à atividade a desenvolver um dos alicerces para o desenho de estratégias, não confiando puramente na informação disponível.
Este pode ser, contudo, um aspeto de caráter positivo, se for bem desenvolvido. O instinto pode-nos sugerir uma solução ou resposta, necessitando todavia de ser efetivamente gerido e focado para providenciar resultados concretos. Como gerir então o instinto para criar melhores decisões de marketing?
Quando iniciamos o desenvolvimento de um plano de Comunicação começamos com hipóteses, sendo que muitas destas têm origem na experiência, no apelidado instinto. A repetição de processos e o contacto continuado com determinada área capacita-nos para “adivinhar” os próximos passos e consequências.
Antes de passarmos à ação guiados apenas pelo instinto devemos, porém, introduzir outras fontes de informação. Certifique-se que a resposta que encontrou é, de facto, a melhor resposta para a problemática ou objetivo em questão. Pode acontecer que estas fontes alternativas contradigam a resposta a que havia inicialmente chegado ou podem ajudar a transformar uma resposta instintiva numa solução mais estruturada e de aplicação mais bem-sucedida.
Dê ouvidos à sua experiência e ao que pensa poder retirar do seu instinto face aos desafios que se lhe apresentam mas trate-o com o mesmo rigor com que trataria qualquer outra decisão de marketing.