O Conhecimento Profundo da Realidade do que Comunicamos
O atual panorama mediático caracteriza-se por uma velocidade nunca antes vista. Os ciclos noticiosos dos media são cada vez mais curtos, mas, simultaneamente, bastante mais intensos e destrutivos do que no passado. Como devem, afinal, as organizações e os seus responsáveis de comunicação adaptar-se a esta nova realidade?
Não há, certamente, uma forma matemática para solucionar esta questão. Contudo, existem alguns caminhos que podem – e devem – ser seguidos de forma a proteger a reputação de uma marca, seja no curto ou no longo prazo.
Em primeiro lugar, e antes de qualquer outra ação, é importante perceber o contexto e as particularidades de cada organização e também do setor onde a mesma se insere. Só é possível comunicar bem aquilo que conhecemos na perfeição, nomeadamente os pontos mais fracos da nossa marca ou organização de forma a conseguirmos trabalhá-los e protegê-los de qualquer eventualidade.
Em segundo lugar, a identificação dos stakeholders e das suas expectativas e necessidades é outro ponto essencial. No atual panorama comunicacional, nenhuma organização, qualquer que ela seja, “vive” sozinha. A relação com os seus stakeholders é, desta forma, um dos aspetos a ser trabalhados.
Em terceiro lugar, a elaboração de um plano de comunicação a longo prazo. Este plano deve estar de acordo com os princípios orientadores da organização de forma a existir uma ligação clara e coerente entre aquilo que se comunica e a cultura da organização. No presente, por exemplo, questões como a preocupação ambiental ou a igualdade de género assumem-se quase como obrigações.
O ponto que referi anteriormente assume particular importância. Num mundo cada vez mais rápido e dinâmico, é extremamente importante definirmos com clareza aquilo que queremos comunicar e o modo como o queremos fazer. De outra forma, as marcas correm o risco de ver a sua reputação afetada ou, como revelou um estudo realizado pelo Grupo Havas, de, caso desaparecessem, os consumidores nem se aperceberem disso.
O conhecimento profundo da realidade do que comunicamos, sobre quem e para quem o fazemos é, assim, o caminho a seguir para marcar a diferença. Antes de agir há que parar para procurar compreender.
Acha que compreende adequadamente a realidade da sua organização?