O Passado Já Não é, Efetivamente, Passado
O passado já não é, efetivamente, passado dado nível de mediatização das sociedades em que vivemos. A internet e as redes sociais tornaram bastante fácil que ações passadas – sejam elas de uma marca, organização ou pessoa em particular – sejam repescadas e fiquem novamente na agenda mediática sem que haja motivo que o justifique.
Na perspetiva de um profissional de Relações Públicas, este acaba por ser um cenário nada favorável, sobretudo no que diz respeito a gerir a reputação de clientes. Sendo verdade que este tipo de situações é mais comum quando estamos a falar de celebridades – o caso de Cristiano Ronaldo e Kathryn Mayorga talvez seja o excelente paradigmático, a verdade é que este tipo de situações pode acontecer também a organizações e empresas.
Como devem, afinal, os profissionais de comunicação proteger os seus clientes contra este tipo casos?
Em primeiro lugar, a prevenção é o primeiro passo a ser dado. A proteção da privacidade dos clientes, com especial atenção para redes sociais “pessoais”, pode ajudar a evitar este tipo de crises. Em segundo lugar, alertar os clientes, sobretudo quando vão ter algum tipo de exposição mediática, para o facto de existirem certos tipos de acontecimentos que não devem ser tornados públicos, mesmo que pareçam inócuos. O planeamento do que vai ser dito assume particular importância. Numa terceira fase, e caso já não seja possível evitar uma crise desta tipologia, devemos tentar perceber como a opinião pública está a reagir à notícia e tentar, de forma bastante calculada, explicar o sucedido de uma forma sincera e o mais rapidamente possível.
A gestão deste tipo de situações não tem uma solução matemática e cada caso apresenta as suas particularidades. Contudo, este tipo de crises, embora possam ser evitáveis, tendem cada vez mais a acontecer e os profissionais de comunicação devem estar preparados a lidar com as mesmas.