Qualidade da auditoria | OROC tem papel insubstituível
Os Revisores Oficiais de Contas (ROC) reúnem-se hoje no seu XIII Congresso para refletir sobre os novos caminhos da profissão. O debate junta governo, supervisores, ordens profissionais e meio académico para uma reflexão acerca dos novos desafios que se apresentam à auditoria, a pluralidade de soluções e o papel dos revisores na transparência e confiança da informação disponibilizada.
Lisboa, 12 de setembro de 2019 – O Fórum Lisboa é hoje palco do XIII Congresso dos ROC. O evento organizado pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC) aborda o desenvolvimento e novas tecnologias, a cibersegurança e a globalização, num contexto em que a auditoria se reveste de uma missão fundamental para garantir a transparência, rigor e qualidade da informação disponibilizada aos stakeholders no mercado.
O papel da importância da qualidade da auditoria foi central à mensagem deixada pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. António Mendonça Mendes sublinhou “o papel insubstituível que a Ordem dos Revisores Oficiais de Contas tem na garantia da qualidade da atividade da auditoria. A aposta na qualidade da auditoria depende do nível de competências de cada revisor oficial de contas. Mas também depende do seu grau de independência e da sua adesão a critérios de exigência deontológica. Precisamos e temos profissionais rigorosos, credíveis e idóneos que pelo seu profissionalismo criam valor para as empresas e para a sociedade.”
Reforçou, também, a ação da OROC enquanto “elemento chave para aperfeiçoar as competências técnicas e deontológicas dos Revisores Oficiais de Contas, de acordo com as melhores práticas internacionais desde as condições de acesso à profissão que assegurem a excelência até à definição de orientações técnicas ou do código de conduta passando por assegurar também que todos estão preparados para os desafios da globalização e da era digital.”
O Bastonário da OROC, José Rodrigues de Jesus, apontou a necessidade dos revisores estarem “abertos à pluralidade das ferramentas e dos conceitos sofisticados, e do modo como a economia e a sociedade estão a evoluir de modo exponencial”, num contexto de mudança e evolução “contínua e positiva, tanto em termos de qualidade do trabalho final como da nossa habilitação profissional nos domínios da formação e da idoneidade e das práticas técnicas e comportamentais, tendo de sublinhar-se a permanente contribuição da Ordem, dos supervisores e da sociedade em geral”.
Esta é uma reflexão e percurso encarados como fundamentais no sentido de assegurar o posicionamento dos ROC na dianteira da governação das entidades públicas e privadas. “A auditoria, com a autonomia e independência a que tem de legitimamente arrogar-se, há de ser um elemento importante da governação e, o que é fundamental, de ser vista como tal”, sentenciou José Rodrigues de Jesus.
O carácter fundamental da ação desempenhada pelos auditores foi apontada na intervenção de Gabriela Figueiredo Dias, Presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ao referir que “os Revisores Oficiais de Contas e as Sociedades de Revisores Oficiais de Contas estão hoje entre os mais importantes guardiões de um funcionamento adequado dos mercados, assegurando um nível indispensável de fiscalização enquanto certificadores da legalidade contabilística e do rigor da informação financeira, para benefício da empresa, dos seus stakeholders e do mercado em geral”.
Uma mensagem de rigor que ganhou eco também na mensagem deixada por Ernesto Cunha, Vice-Presidente do Tribunal de Contas, que defendeu que “para que o novo modelo contabilístico adotado – Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP) – se torne uma realidade é importante que dê concretização à contabilidade na ótica do acréscimo e ao processo de consolidação da Conta Geral do Estado. Só assim se pode falar em rigor e transparência e rigor das contas públicas”.
O evento será palco para a discussão em torno de temas como o Desenvolvimento e Novas Tecnologias, o Governo das Sociedades, Cibersegurança e Globalização e Mercados, Pessoas e Informação. A sessão de encerramento do Congresso estará a cargo de Pedro Siza Vieira, Ministro adjunto e da Economia.