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Mar 18, 2019

Desacelera o crescimento em volume, mas consumidores gastam mais

Consumidores mais confiantes 

Consumidores mais confiantes

Lisboa, março de 2019 – Segundo o estudo Growth Reporter, da Nielsen, os Bens de Grande Consumo registaram, no mercado nacional e no último ano, um dinamismo total de 2,8% em valor, que comprova a boa performance verificada em todos os trimestres de 2018. No entanto, a variação em volume no total do ano foi metade da registada em 2017, verificando-se um abrandamento do crescimento ao longo dos quatro trimestres de 2018.

Neste último trimestre do ano, os BGC registaram um crescimento de 1,8% sobre um período homólogo que já era muito positivo. Tal como aconteceu durante todo o ano, o dinamismo deste trimestre foi especialmente sustentado por um efeito-preço positivo de 1,6%. Em volume, este setor manteve-se estável (+0,2%) no 4º trimestre de 2018, crescendo a um ritmo muito mais lento do verificado no período homólogo. Com efeito, verificamos que os portugueses não estão a comprar mais em quantidade, mas estão a comprar categorias ou produtos de preço mais elevado, dando origem a um efeito-preço positivo.

Para Ana Paula Barbosa, Retailer Vertical Director da Nielsen, “é necessário ter em consideração que, embora se continuem a verificar bons crescimentos em valor, sustentados pelo efeito-preço, o mesmo crescimento não se verifica em volume. O panorama em Portugal continua positivo, mas a tendência é de abrandamento”.

 

CONSUMIDORES MAIS CONFIANTES E MAIS DISPONÍVEIS PARA GASTAR

No último trimestre de 2018, os portugueses voltaram a mostrar-se mais confiantes do que os consumidores a nível europeu. Segundo os resultados do relatório The Conference Board® Global Consumer Confidence Survey, desenvolvido pela Nielsen, estudo Índice de Confiança da Nielsen, o grau de confiança registado entre os consumidores portugueses totalizou 87 pontos, posicionando-se 3 pontos acima da média europeia (84).

 

“O MEU PAÍS ESTÁ EM RECESSÃO ECONÓMICA?”

Voltemos a 2013. Eram 89% os portugueses que acreditavam que o seu país estava em recessão. No mesmo período de 2018, esta percentagem baixou para 46%.

Consolidando o seu crescente otimismo, quase metade (47%) dos portugueses afirma acreditar em melhorias na sua situação financeira para o próximo ano. Para além disso, 41% prevê que a sua situação laboral vai melhorar nos próximos 12 meses e 28% dizem que, tendo em conta a atual situação económica em que se encontra e o custo de vida atual, este é o momento certo para comprar aquilo de que precisam.

 

PORTUGUESES PREOCUPAM-SE MENOS COM O EMPREGO E MAIS COM A SAÚDE

Em 2013 a principal preocupação dos portugueses era o emprego. Agora é com a saúde (28%) que a maioria mais se preocupa, verificando-se uma importância crescente deste tipo de produtos na cesta dos consumidores nacionais.

 

QUASE METADE DOS PORTUGUESES OPTA POR POUPAR O DINHEIRO QUE LHE SOBRA

Em 2013, quando 38% dos portugueses assumia que não lhes sobrava dinheiro após o pagamento das despesas iniciais, eram muito poucos aqueles que gastavam em atividades de lazer. Neste último trimestre de 2018, os gastos com entretenimento fora de casa (26%), férias (25%) ou roupa (23%) são as categorias onde os portugueses dizem optar gastar o seu dinheiro.

Para além da maior aposta e disponibilidade para gastar em atividades que lhes dêem prazer, a compra de produtos de gama mais premium é uma realidade cada vez mais comum para os consumidores portugueses, em resposta a um estilo de vida cada vez mais preenchido e a procura de uma vida mais equilibrada e feliz, com mais tempo para aquilo de que mais gostam.

Face a esta realidade e a um crescimento modesto em volume mas maior em efeito-preço, Ana Paula Barbosa alerta que “o mercado deve ter em conta que será cada vez mais difícil crescer em volume. A população não está a aumentar e os consumidores têm mais dinheiro para gastar, estão mais confiantes e fazem mais refeições fora de casa. Desta forma, a maior aposta de crescimento deverá ser a partir do efeito-preço”.

A responsável da Nielsen salienta ainda a necessidade entre os retalhistas de “reduzir a dependência de promoções – que continuaram a crescer em 2018, atingindo 46% das vendas – realizar promoções em produtos de gama premium e apostar em gamas de maior qualidade e sofisticação”.

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