Ainda em fase inicial, verifica-se também nas Relações Públicas o impacto da automação e influência robótica. Software e tecnologia suportam, e às vezes substituem, a necessidade de profissionais humanos. Este último caso é percetível no processo de criação de conteúdo de media. Além da forma como os cidadãos encontram e interagem discursivamente com o conteúdo de RP.
Parte desse processo centra-se no papel dos algoritmos. Estes podem ser interpretados como regras que informam as redes de social media e outros aplicativos digitais como responder aos dados gerados na internet. Por exemplo, o Google usa algoritmos para determinar qual o conteúdo que é relevante para um utilizador. Destaca conteúdos e pontos de vista com os quais o algoritmo acredita que este já concorda e/ou gosta.
Dados e Pesquisa
Em termos de media, já existe “tecnologia de automação” para converter regularmente dados financeiros. Isto é útil para notícias sobre assuntos como resultados corporativos e estimativas de ganhos futuros de ações. Outro uso de algoritmos em notícias passa por gerar histórias automaticamente. Por exemplo, eles podem ajudar a escrever relatórios de jogos de futebol com base em estatísticas e num conjunto de conteúdo predefinido. De acordo com um estudo, os leitores não conseguem distinguir o conteúdo automatizado do conteúdo escrito por humanos.
Jornalismo Algorítmico
À medida que o jornalismo algorítmico evolui, as tendências de Relações Públicas espelham-no. Afinal, é uma indústria que é impulsionada por uma necessidade de “compreender”. Os profissionais de Relações Públicas devem monitorizar de perto as mudanças na atitude e no comportamento do público. A tecnologia digital abriu um enorme fluxo de dados potencialmente úteis, particularmente em relação ao discurso nas redes sociais.
Existem muitas empresas que procuram monitorizar estes dados e que oferecem análises que auxiliam na compreensão do conteúdo online. Esta análise é então usada para categorizar as pessoas em diferentes grupos segmentados, permitindo a automação da criação e transmissão de conteúdo direcionado.
Existem também programas para a gestão de “persona online”. São criadas personas viáveis que podem comentar as suas opiniões em sites de jornais, que aparentam ter origem em pessoas reais. Os comunicadores também estão a usar algoritmos em conjunto com estratégias de push para projetar interações online. Isto inclui conteúdo que leva o público a tomar decisões em áreas como a saúde e as finanças pessoais.
Tudo isto reforça a necessidade de serviços de RP profissionais e especializados que deem sentido a essa evolução, sendo eficientes e eficazes nos resultados.