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Ago 7, 2019

O Futuro da Proteção de Dados: Campanha Privacy Matters – Apple

Proteção de dados

Proteção de dados

A digitalização dos canais e processos de comunicação em conjunto fez emergir uma nova necessidade: proteger os dados dos utilizadores. Com o Regulamento Geral de Proteção de Dados e todas as alterações consequentes, as empresas tiveram necessidade de investir obrigatoriamente neste setor.

A privacidade é agora um dos temas mais importantes do universo digital, sendo ao mesmo tempo um dos principais ativos das empresas que atuam no setor da comunicação e marketing.

Segundo o relatório de tendências digitais de Mary Meeker (ex-analista de títulos de Wall Street e especialista em Internet e novas tecnologias) este ano, 87% de todo o tráfego de dados na internet é encriptado. Há três anos eram apenas 53%.

A regulamentação tem vindo a adaptar-se a esta nova realidade e as plataformas digitais têm procurado criminalizar comportamentos e discursos abusivos. Uma nova lei, que pretende criar um sistema de denúncias estruturado perante material abusivo com multas que podem ascender aos 4% do lucro de cada empresa envolvida, foi aprovada em França e prevê-se que possa ser implementada em vários outros países europeus.

As alterações no universo das marcas: campanha Privacy Matters da Apple

Também o mundo corporativo tem procurado adaptar-se às exigências de toda esta mecânica de recolha de dados controlada e sustentável, o que se reflete nas marcas.

A Apple, por exemplo, tem estado a tomar medidas concretas para aumentar a privacidade dos utilizadores dos seus produtos e serviços depois de várias polémicas relacionadas com a localização dos aparelhos da marca e com a informação armazenada, muitas vezes, de forma pouco clara.

Mas a Apple tirou uma carta da manga com a publicidade do novo. O vídeo tem cerca de 45 segundos e o conceito “Privacy Matters”. Em janeiro deste ano a Apple levou a campanha para a vertente offline com um outdoor em Las Vegas com o claim, ”O que acontece no seu iPhone, fica no seu iPhone” exposto durante a semana onde aconteceu o evento Consumer Eletronics Show 2019.

“If privacy matters in your life, it should matter to the phone your life is on.”

Retargetting: benéfico para as marcas ou abuso de privacidade?

Todos já estivemos perante uma situação onde mencionamos ou ouvimos o nome de algum produto ou serviço e umas horas mais tarde acaba por surgir uma publicidade sobre ele no nosso feed de Facebook ou Instagram ou mesmo nas pesquisas do Google.

Esta mecânica chama-se retargetting, é uma das mais relevantes alterações que a Apple quer implementar e está relacionada com um tipo de cookies – que deixará de estar disponível no browser da Apple (Safari). Após muita discussão a Apple concluiu que a privacidade do utilizador estaria a ser prejudicada com a utilização dos aparelhos da marca preparados por defeito para o retargeting.

Sabendo que cerca de 20% da população tem ou já teve um iPhone, esta medida terá uma implicação de grande relevância nas campanhas e publicidade digital uma vez que este target deixará de estar abrangido nas campanhas que utilizam este método.

Mas o que isto representa para os consumidores? Mais privacidade? E para as marcas? Menos alcance? A temática da proteção de dados pessoais está em cima da mesa há algum tempo e parece que veio para ficar.

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