Conteúdo de Social Media
Uma consideração prática importante na gestão das redes sociais é que os profissionais de Relações Públicas não precisam de produzir todo o conteúdo. Muitas organizações estão a descobrir e a tirar partido da cultura de colaboração e de crowdsourcing. As empresas estão a começar a externalizar a criação de conteúdos, que tradicionalmente era uma atividade interna, realizada por colaboradores e equipas dedicadas.
A relevância da seleção
Em vez de produzir todo o conteúdo, marketing, comunicação e RP podem adotar o papel de curador. Isto significa avaliar o conteúdo das redes sociais, reunindo conceitos, ideias e conhecimentos gerados pelo utilizador. Integram-se, assim, muitas contribuições de diferentes fontes, criando um fluxo coerente de comunicação.
Os profissionais ignoram frequentemente o facto de que as redes sociais podem fornecer investigação em tempo real. Fornecem informação sobre os interesses, preocupações e desejos das pessoas. Embora isto não seja obtido a partir de uma amostra de probabilidade, a escuta através destes meios pode fornecer conhecimentos valiosos para identificar questões e tendências de uma forma atempada. Isto ajuda-nos a criar uma estratégia bem informada.
Prestar atenção dá frutos
Ao examinar atentamente as práticas de comunicação pública – incluindo consulta pública e relações com clientes, bem como a utilização das plataformas de social media – um estudo encontrou algo chocante. Em média, as organizações dedicam 80% dos seus recursos e tempo de comunicação à divulgação das suas próprias mensagens. Em alguns casos, até 95% da chamada comunicação pública é de sentido único em termos organizacionais. Em média, apenas 5% a 15% dos recursos e tempo de comunicação pública são gastos com a audição através de vários métodos, tais como investigação e monitorização dos meios de comunicação social.
A utilização de social media deve ser medida e avaliada da mesma forma e com os mesmos padrões que outras atividades de Relações Públicas. As métricas típicas da avaliação da comunicação social são a quantidade de vistas de páginas ou conteúdos, tais como vídeos, número de assinantes – por exemplo boletins informativos – e o número de amigos, seguidores, gostos, retweets, partilhas e pins.
Os dados não são tudo
No entanto, é preciso ter em conta que estes medem resultados meramente quantitativos. Os gostos, os retweets e as ações dão alguma indicação de apoio, mas são na sua maioria métricas quantitativas, que não contam necessariamente a história completa…
Por outro lado, a análise qualitativa pode apresentar-nos um quadro que está muito mais próximo da realidade. Utiliza o conteúdo e a análise ao tom dos posts, como comentários e feedback. Para tal, uma empresa pode utilizar uma série de software de análise de conteúdo. Os comentários fornecem indicações de consciência, compreensão e atitudes, bem como de intenção. Outros fatores qualitativos mensuráveis incluem os principais temas, questões e tópicos de discussões. Estes podem indicar os interesses e preocupações dos utilizadores. A melhor prática é combinar os dois métodos, numa estratégia única e completa.