Fábrica de unicórnios
Quer se lide com investidores, futuros parceiros ou potenciais clientes, ser capaz de cativar o público é uma das competências mais importantes para um empreendedor na realidade atual. Em especial para quem tenha ambição de ser um unicórnio.
Qualquer boa ideia passa pela transformação de ser apenas um projeto teórico para algo concreto que será alvo de avaliação do público. Este contacto e a relação que se pretende criar implicam contar uma estória que permita criar uma ligação efetiva e afetiva.
E uma das estórias mais ouvidas neste outono foi a da criação de uma fábrica de unicórnios em Lisboa. O presidente da Câmara de Lisboa prometeu fundar a Fábrica de Unicórnios de Lisboa em 2021. Esta fábrica “será lugar onde iremos ensinar os detalhes e o processo para que os jovens possam transformar as suas ideias em grandes negócios, criar empregos e mudar o mundo e ter propósito, é isso que a Fábrica de Unicórnios será” disse Carlos Moedas.
Já André de Aragão Azevedo, secretário de Estado para a Transição Digital, diz que Portugal tem “um pipeline muito grande de potenciais unicórnios que ao longo dos próximos meses vão chegar a esse patamar”, acrescentando que “Portugal compara muito bem, porque temos em termos de rácio de unicórnios por milhão de habitantes, mais de duas vezes o que tem por exemplo a França ou a Alemanha, o que demonstra que, à nossa escala, estamos com uma performance de ecossistema melhor”.
O ecossistema de start-ups português é pujante e o unicórnio é um indicador tangível e palpável, muitas vezes usado como indicador de maturidade de um ecossistema de empreendedorismo, cujo desenvolvimento passa inevitavelmente por uma estratégia de comunicação.
Este objetivo vive da capacidade de conseguir poder formular uma estória original, como a da fábrica de start-ups, ou a de cada uma destas, para que que criem a sua estratégia, as ações e as ferramentas certas que contribuam para a construção de uma marca forte e sustentável no tempo, com níveis acrescidos de credibilidade e confiança.
Não se pode apenas dizer o que se faz. O que há para mostrar? Que estória se quer contar? “Don’t tell me, show me”.