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Apr 7, 2021

InterComm: Roadmap for communication in global markets

mercados

Conclusões do estudo pioneiro sobre Comunicação B2B em mercados globais apontam caminhos de reflexão acerca do papel estratégico da Comunicação. Num contexto de novos desafios, cabe à Comunicação criar reputação, assegurar confiança e potenciar a relação com stakeholders.

Foram ontem apresentadas as conclusões do estudo InterComm Report – B2B Communication Trends in Global Businesses (InterComm), desenvolvido pela Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa e a SayU Consulting – Evoke Network, com o apoio da aicep Portugal Global. Para além de identificar tendências, este trabalho pretende ajudar na ação, apontando vários caminhos de reflexão sobre o papel da Comunicação na construção e gestão de relações com os stakeholders das empresas B2B exportadoras nacionais.O contributo destas empresas para o crescimento económico do país é muito relevante, e, segundo o estudo, o seu sucesso está na existência de uma Comunicação eficaz. Eficácia que passa pelo aumento da sua reputação e construção e consolidação das suas relações, dando a conhecer a inovação, construindo sinergias e confiança e cooperando num espaço de diálogo e negociação. O estudo enumera alguns caminhos possíveis para uma ação eficaz em mercados globais.

A Comunicação dá voz aos produtos e serviços, representa as marcas e cria notoriedade em mercados globais. Em tempos de ruído acrescido como o que vivemos, a Comunicação assume-se como a “voz” das marcas, inspirando confiança em tempos de incerteza e servindo como âncora da relação das organizações com o mercado. Em mercados externos, nos quais ainda se procura um espaço, é fundamental trabalhar a notoriedade e a boa reputação com ações de Comunicação que contribuam para o desenvolvimento comercial e operacional.

A Comunicação traz valor acrescentado à operação em mercados globais. O reconhecimento de uma empresa no mercado não depende somente da qualidade dos seus produtos/serviços, mas também de uma combinação de diferentes fatores, como a sua história, missão, visão, valores, resultados alcançados, experiência passada no setor, planos de investimento, entre outros. Todos estes elementos são determinantes e devem ser partilhados para permitir a criação de “capital de confiança” e notoriedade junto dos vários stakeholders.

Um Plano de Comunicação de sucesso facilita a entrada num determinado mercado. Contar uma história atraente, empolgante e convincente é tão importante hoje como sempre foi e uma boa e muito bem contada história continua a fazer a diferença, seja qual for a natureza da marca.

A gestão e consolidação da reputação faz também parte deste caminho, dando a conhecer a identidade e os valores da empresa a todos os stakeholders. No contexto B2B, o cliente é um parceiro com o qual é necessário construir e gerir uma relação de confiança numa perspetiva de médio-longo prazo. Fará, por isso, mais sentido entender a Comunicação como a gestão de relação com parceiros, criando a reputação desejada.

A pandemia, e as suas sequelas, continuarão a desafiar a resiliência de pessoas e organizações. Mas há um futuro focado na construção em conjunto da recuperação, baseado em ferramentas, instrumentos e equipas que consigam fazer o que podemos chamar de Restart das empresas num novo contexto. O foco terá de ser na capacidade para reforçar parcerias e para transformar relações com os stakeholders. Uma oportunidade que exige agilidade, a todos os níveis, e uma grande dose de flexibilidade, adaptação e persistência, que só será possível com uma Comunicação bem estruturada e focada.

A Comunicação é determinante para as empresas B2B em mercados globais. O cenário em que estamos a viver há mais de um ano tornou evidente que é tempo para que a gestão de topo das empresas compreenda qual o contributo que a Comunicação pode dar para que as empresas sejam mais competitivas. É possível uma empresa sobreviver sem comunicar, mas esta será mais eficiente se intencional e estrategicamente gerir os processos de comunicação com os diferentes stakeholders.

De acordo com Ana Raposo e Marta Gonçalves, investigadoras responsáveis pelo InterComm, "O mundo pós-pandemia irá exigir maior transparência e mais confiança. Será essencial às empresas nacionais B2B exportadoras, aumentar a sua reputação e construir e consolidar as suas relações com todos os agentes da cadeia de produção, desde o fornecedor de matéria prima de base até ao último cliente (o comprador), passando por todas as outras partes interessadas, como colaboradores, parceiros, entidades reguladoras ou governo".

O InterComm integra, de uma forma complementar, a experiência empresarial nacional e internacional, o conhecimento académico e técnico, a informação estatística e o contacto com o mercado em estudo, através do inquérito realizado a mais de 120 empresas nacionais B2B exportadoras de diferentes setores, dimensões e maturidades.

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