As pequenas e médias empresas (PME) desempenham um papel fundamental na economia de Portugal. Contudo, o panorama económico e geopolítico em constante evolução apresenta desafios e oportunidades para as empresas que procuram expandir a sua presença e atividades no país. Uma estratégia de relações públicas (RP) é crucial nesse esforço para alcançar o sucesso.
Nos últimos anos, Portugal tem apresentado indicadores económicos e financeiros promissores, suportados pela substancial criação de novos postos de trabalho, aumento do investimento e equilíbrio nos orçamentos da administração pública, juntamente com um compromisso robusto em melhorar a qualidade e os padrões profissionais dos serviços públicos. Simultaneamente, esforços para reduzir os níveis de dívida pública e privada têm fortalecido a estabilidade financeira, criando um ambiente empresarial resiliente.
No entanto, estes progressos têm ocorrido num contexto de incerteza e instabilidade globais, com consequências e implicações significativas para o mercado português. Sucessivos eventos desestabilizadores têm abalado a economia global: a pandemia de COVID-19, tensões geopolíticas – incluindo a Guerra Russo-Ucraniana – e uma instabilidade económica mais ampla têm perturbado o comércio global, reduzido o fluxo de investimentos e acelerado mudanças estruturais em indústrias-chave. Assim, as PME enfrentam um mercado dominado por uma crescente instabilidade, volatilidade e concorrência.
Um Ambiente Altamente Competitivo: A Comunicação é Crucial para as Pequenas Empresas
O cenário empresarial atual é definido pelo quadro VUCA(H): volatilidade, incerteza, complexidade, ambiguidade e hiperconectividade. Este ambiente, cada vez mais competitivo, força as empresas – especialmente as pequenas – a aproveitarem todas as vantagens para alcançar o sucesso. Para as PME prosperarem neste novo contexto, é necessário adotar uma abordagem proativa e adaptativa para se posicionarem no mercado.
Empresas que anteriormente confiavam em modelos de negócios convencionais agora precisam repensar as suas estratégias e redefinir os seus objetivos. Foram apanhadas de surpresa por um cenário que poucos, se é que algum, tinham considerado no seu planeamento estratégico. Esta situação obrigou não só empresas – grandes e pequenas – mas também nações, mercados, organizações, famílias e indivíduos a abrandarem subitamente e repensarem os seus modelos de negócios para terem sucesso.
Isto aplica-se não apenas à eficiência operacional e sustentabilidade financeira, mas também à comunicação estratégica e ao posicionamento da marca – fatores cruciais num mundo cada vez mais digital e interconectado.
Quais devem ser as Prioridades de Comunicação para as PME?
Para se manterem competitivas e assegurarem um crescimento a longo prazo, as PME devem abraçar uma estratégia multifacetada e inovadora de 360 graus – uma que se concentre em preparar-se para mudanças e tendências futuras. Entre estas prioridades-chave incluem-se:
- Transformação Digital e Agilidade Operacional:
As PME devem integrar ferramentas digitais e de automação, aplicações e softwares que melhorem a eficiência e otimizem operações e procedimentos, ao mesmo tempo que permitem uma maior flexibilidade para responder rapidamente a mudanças de mercado.
- Aquisição e Retenção de Talentos:
A capacidade de atrair e reter profissionais altamente qualificados e competentes é um fator essencial para se destacar da concorrência e um componente dominante do sucesso. Qualquer empresa que procure uma vantagem competitiva significativa deve investir no envolvimento dos colaboradores, no desenvolvimento profissional e em soluções de trabalho híbridas para reter os melhores talentos.
- Comunicação Estratégica e Posicionamento de Marca: Nesta nova era de maior competitividade, instabilidade, inovação e imprevisibilidade, uma estratégia de comunicação forte e flexível, aliada a uma identidade de marca consistente, é crucial. As PME devem adotar estratégias de comunicação capazes não só de transmitir a mensagem certa ao público-alvo, mas também de se adaptar rapidamente às circunstâncias em constante mudança.
O Papel do Branding:
No ambiente empresarial atual, os consumidores são mais exigentes do que nunca: procuram experiências e planos personalizados, confiança, lealdade e uma ligação mais profunda, não apenas produtos ou serviços funcionais. Uma estratégia de branding sólida é a base para construir essa ligação.
Uma estratégia de marca bem construída permite às PME alcançar vários objetivos críticos, como:
- Construir credibilidade e confiança;
- Promover a lealdade do cliente;
- Aumentar a diferenciação no mercado;
- Impulsionar o crescimento do negócio.
Para as PME, o branding não é apenas uma ferramenta útil de marketing: é um componente vital e necessário de qualquer estratégia de negócios moderna bem-sucedida, com um impacto profundo na perceção dos clientes, confiança dos investidores e sustentabilidade. Portanto, investir numa estratégia de comunicação eficaz que aborde a visibilidade da marca é essencial para qualquer PME que procure aumentar a sua projeção, reputação e alcance.
Considerações Finais:
À medida que Portugal continua a posicionar-se como um mercado competitivo e atrativo para o investimento, as pequenas e médias empresas devem adotar uma abordagem abrangente de 360º para terem sucesso no mercado português. Tal abordagem inclui não só resiliência e adaptabilidade às mudanças do mercado, mas também um foco estratégico na comunicação e construção de reputação.
Para qualquer PME que procure expandir, consolidar ou estabelecer a sua presença no mercado português, uma estratégia sólida de comunicação e branding será um fator crítico para o sucesso num ambiente económico cada vez mais saturado e competitivo
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